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A Wave Pool Mag trouxe uma matéria falando sobre a Surf Center.
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Ou veja abaixo ela traduzida.
Nova tecnologia brasileira de piscinas de ondas visa revolucionar mercado com piscinas de baixo custo
Escrito por: Evan Quarnstrom
24 de maio 2023
O Título de U$ 10.000 e U$ 200 mensais concedem acesso a uma nova tecnologia que planeja abrir 20 novos clubes de surf nos próximos cinco anos em todo o Brasil.
O Surf Center, com lançamento previsto para 2024, afirma ser a primeira piscina de ondas aquecida e coberta do mundo fora da América do Norte.
O Brasil é o marco zero para um recente boom em piscinas de ondas. Mas há um porém. A maioria das pessoas não consegue surfá-los.
Você pode babar nas ondas perfeitas sendo bombeadas pela cidade de São Paulo entre a Praia da Grama e a Fazenda Boa Vista, mas é uma tortura, a menos que você seja um surfista profissional, bem relacionado na indústria ou muito rico.
Ambas as piscinas exigem compras de imóveis de luxo muito além dos meios financeiros da maioria para obter acesso. E há mais piscinas a caminho no Brasil que seguem esse modelo geral.
Anexar piscinas de ondas a empreendimentos imobiliários de luxo provou ser um método bem-sucedido para obter as primeiras piscinas construídas no país, no entanto, é exclusivo.
Uma empresa brasileira, a Surf Center, acha que o mercado está pronto para a disrupção.
FOTO: Surf Center Brasil Com um design interno de vários níveis, a Surf Center procura tornar o acesso aos surf parks acessível no Brasil. Será que vai dar certo?
Oito anos depois de desenvolver o conceito, o Surf Center já lançou sua nova piscina de ondas na metrópole sul-brasileira de Curitiba. Quando a piscina for lançada no segundo semestre de 2024, será uma série de estreias no setor de piscinas de ondas da América do Sul. Será o primeiro vislumbre da tecnologia de ondas de fabricação brasileira, a primeira piscina de ondas coberta e a primeira piscina de ondas aquecida.
E com a nova tecnologia vem um novo modelo de negócios. O Surf Center não afirma ter criado a melhor onda de piscina do mundo. Eles projetaram uma onda relativamente pequena de um metro e de baixo custo que reduz as barreiras de entrada para investidores e surfistas.
“Temos todo o know-how para fazer ondas maiores”, disse o fundador do Surf Center, Luiz Balioli, ao WavePoolMag. “Seria simples fazer uma onda de dois metros para quem tem investimento para fazer uma, mas como o foco do nosso projeto é a acessibilidade, fizemos uma onda mais acessível – muito surfável para iniciantes, intermediários e até treinando para surfistas avançados.”
“Será a piscina mais viável do Brasil para as pessoas realmente terem uma realidade para surfar”, completou Balioli.
A onda será uma direita de um metro de altura que percorre 40 metros, 8 a 12 segundos, em uma piscina coberta. Para colocar em perspectiva, a pegada relativamente pequena da piscina usará apenas dois milhões de litros de água em comparação com os 29 milhões usados na Praia da Grama, segundo Balioli. O sistema pode bombear 240 ondas por hora, quatro por minuto, com a piscina exigindo apenas um intervalo de um minuto entre as séries.
A tecnologia, que foi apelidada de gerador de ondas GT3K do Surf Center, é pneumática. Em termos leigos, ele usa ar pressurizado para transferir energia para a água da piscina, o que cria ondas.
No entanto, Balioli diz que o Surf Center deu uma nova reviravolta a essa tecnologia existente.
“Já existem ondas pneumáticas, como PerfectSwell e Wave Loch”, explica Balioli. “Mas eles usam uma técnica que cria uma junção de energia, começando em águas profundas e indo em direção a águas rasas. Você pode fazer direitas ou esquerdas, mas a onda perde tamanho e energia ao longo do percurso se você não adicionar caixas de ar adicionais para suportar a altura da onda. Exige muitas caixas extras e sopradores. Conseguimos utilizar um contorno de fundo e colocação de câmara de ar que mantém o tamanho da onda por mais tempo. Nossa onda tem 3-4 pés, mas percorre 40 metros mais ou menos desse tamanho, perdendo no máximo 20-30% de sua altura.”
Como parte da missão da Surf Center de tornar sua piscina mais acessível, eles criaram um esquema de preços que, embora não seja barato, será a opção mais econômica oferecida no Brasil.
Para surfar na piscina, você precisa comprar uma assinatura, que atualmente está sendo vendida com desconto de cerca de U$ 10.000. Além desse custo único, assim que o centro for inaugurado, haverá uma mensalidade de adesão de cerca de US$ 200. Cada membro do clube de benefícios poderá incluir até três membros, com uma sessão de pool de ondas por semana disponível para um membro (apenas uma pessoa por semana, nem todos na associação). A associação também dá acesso a todas as instalações, que incluirão academia, ioga, pista de skate, restaurantes e loja de surf, entre outras coisas.
Balioli relata que já vendeu 326 das 600 assinaturas disponíveis a esse preço de venda antecipado, que acabará aumentando para cerca de U$20.000
Embora $ 10.000 ainda possam ser relativamente caros para o surfista médio, o investimento da perspectiva de um desenvolvedor é significativamente menor quando comparado às alternativas. Segundo a Surf Center, o custo de construção e operação da piscina é um terço do dos concorrentes.
Grandes economias vêm da tecnologia pneumática, que fica fora da água e requer menos custos de instalação e operação. Outras economias virão do tamanho pequeno da piscina e do ambiente interno que elimina a maior parte da perda de água por evaporação.
Então, você pode estar pensando: “Vá direto ao ponto e me mostre vídeos da onda!”
A razão pela qual você não vê – e não verá por um tempo – vídeos virais dessa nova tecnologia de piscina de ondas é que o Surf Center de Curitiba é o primeiro modelo em escala real a ser construído. Até este ponto, apenas uma piscina em um décimo da escala havia sido criada para teste, obviamente sem surfistas.
Apostar em uma tecnologia que ainda não foi testada em larga escala certamente envolve um pouco de risco, mas, segundo Balioli, tudo faz parte do plano.
“É um risco calculado”, disse Balioli. “Há muito menos risco de começar com uma onda menor como essa para entender todo o processo. Nesse sentido, esse primeiro passo faz muito mais sentido. São oito anos de pesquisa e desenvolvimento envolvendo uma equipe de engenheiros e especialistas. Realizamos todas as simulações e análises de mercado. Sei que não é a situação ideal, mas com os testes e nossa parceria de engenharia ganhamos confiança para dar esse primeiro passo de verdade aqui em Curitiba.”
Foto: O fundador do Surf Center, Luiz Balioli, e o campeão mundial de 2015, Adriano de Souza.
Embora os modelos de piscinas de ondas construídos para a elite no Brasil tenham se mostrado bem-sucedidos, pelo menos no curto prazo, o Surf Center será a cobaia para testar o apetite do surf em piscinas de ondas no Brasil entre um grupo demográfico um pouco menos rico.
O co-fundador da Surf Center, Fabricio Stedile, exibiu o interesse preliminar em sua tecnologia em um comunicado à imprensa, afirmando: “Estamos negociando (para novas localizações de piscinas) em lugares como Brasília, São Paulo, Mato Grosso do Sul, interior do Paraná , e o Nordeste, com a expectativa de abrir 20 novos Surf Clubs nos próximos cinco anos, em todo o Brasil e também no exterior.”
Se o Surf Center for bem-sucedido em atingir sua ambiciosa meta de 20 piscinas em cinco anos, sua nova tecnologia de piscina e modelo de negócios será um estudo de caso interessante. O Brasil, um dos maiores mercados de surf do mundo, ainda não foi testado com um pool que seja remotamente acessível às massas.
Embora o Surf Center ainda não seja tão acessível quanto uma sessão de $ 129 horas no Waco Surf nos EUA, por exemplo, é o primeiro passo tangível do Brasil nessa direção. Seja na Surf Center, ou em qualquer outra pessoa, quem descobrir como criar um modelo de negócios de piscina de ondas que o brasileiro médio possa pagar, pode estar sentado em uma mina de ouro.
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